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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Ouvir é viver!!

Olá! Estou postando o lindo depoimento da Rebeca que passou pela da cirurgia de estapedotomia (otosclerose) e pelo relato ela está muito feliz, este já é o segundo post que faço com depoimentos que os leitores deixam nos comentários, adorei  a história dela.



Olá Bete,

Venho aqui para contar minha experiência com a cirurgia. Tenho 32 anos e operei na quinta-feira passada, ou seja, há uma semana, no hospital Cema em São Paulo com o Dr. Andy de Oliveira Vicente. Eu diria que o mais inconveniente da cirurgia foi esperar por ela no dia, porque internei às 9 e só fui para o centro cirúrgico as 14h30 mais ou menos. De acordo com o médico anestesista, com quem tive oportunidade de conversar antes de entrar para a sala de cirurgia, isso aconteceu porque eles passam crianças e idosos na frente. Pois bem, a cirurgia foi muito boa, correu tudo muito bem, de acordo com o Dr. Andy. Depois que acordei da anestesia, fui para o quarto e não sentia tontura ou enjoo, apenas aquela alteração de sabor na metade da língua do lado operado, que já melhorou muito nestes 7 dias decorridos. Na segunda-feira, fui a uma consulta mas ainda não tirei o curativo pois, de acordo com o médico, estava muito recente. Já estou com consulta marcada para segunda que vem e acredito que vou tirar o curativo. Estou bastante ansiosa para conferir o resultado, mas já notei que, mesmo com ele, melhorou a minha audição. Isso porque eu tinha muita dificuldade em compreender o que as pessoas diziam e já estou entendendo na primeira vez que falam, rs, voltei a ouvir certos sons como o barulho do microondas e da lava-louças.... estou bastante contente mas quero confirmar que vou ouvir ainda mais, rs. Graças a Deus tudo correu tudo bem.
Quando tive o diagnóstico, ouvi que a única saída era usar aparelho, mas fuçando na Internet, vi que existia a possibilidade de operar. Depois encontrei seu blog e conheci o grupo do Orkut (uma pena ter saído do ar, tinha tantos depoimentos legais lá!) e tudo isso me deu mais força para optar pela cirurgia. Sou muito jovem para depender de aparelho e uso meu ouvido para trabalhar (sou música), acho uma irresponsabilidade sem tamanho desses médicos que escondem a possibilidade da cirurgia, essa decisão deve ser sempre do paciente (claro, sendo bem orientado pelo médico, mas não tem cabimento eles quererem decidir por quem sofre com o problema). Ouvir é viver! A falta de ética, prá não dizer safadeza, de alguns médicos é espantonsa, veja pela minha mãe: 67 anos e só soube do diagnóstico de otosclerose dela porque eu levei todos os exames que ela tinha a um outro médico e ele confirmou que ela tem a mesma doença que eu! (o médico de quem falo é particular e era muito caro para minhas posses, hehehe, por isso não operei com ele, mas ele é ótimo também. Seu nome é Dr. Antonio Carlos Viana em São Paulo, atende na rua Cubatão). Agora quero convencer minha mãe a considerar a cirurgia, porque eu sei bem o que significa não poder escutar bem e ela sofre desse mal há muitos anos, praticamente não ouve nada com um dos ouvidos.
Enfim, eu apoio que quem tem essa doença faça a cirurgia e volte a viver, ouvir! Participar de conversas, se livrar do maldito "hein?" kkkk... escutar os sons da natureza como passarinhos cantando ou o vento na folhas, sons distantes, ter prazer em ouvir música... e o que mais anseio, ouvir o silêncio que me foi roubado pelos malditos zunidos mas, para isso, ainda terei de operar o outro ouvido. Enquanto isso, vou curtindo todo o resto que vai ser devolvido prá mim assim que eu tirar o curativo. :)
Quem está na dúvida de fazer a cirurgia, lembrem-se de que 95% volta a ouvir muito bem e outros 2 a 3% não têm alterações significativas de audição (o que ainda permite o uso do aparelho). 1% é quase nada contra 95% de chances de voltar a viver plenamente!! Os 3% que nada muda já têm o não, já têm a possibilidade de usar aparelho e ainda terão. Pensem bem :)

Bete, obrigada pelo blog e as infos que vc traz aqui. Elas foram essenciais para minha decisão e tranquilidade em operar! Inclusive em escolher o Dr. Andy.

Abraços e beijos,
 Rebeca.