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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Pós cirúrgico (otosclerose) parte 2 por Paty Ivanov


 Boa noite pessoal, estou em falta com vocês, mas vamos lá rs. Após a cirurgia em uma semana exata tive a primeira consulta com o Dr.Testa. Ele fez um teste com um aparelho que ele bate na parede, vibra e ele coloca no dente ai tenho que falar qual lado o som fica mais alto e minha resposta foi...do lado esquerdo. Uhuu tudo que ele queria ouvir, sinal que a operação foi um sucesso mesmo! Depois disso partiu para retirada do curativo, fica bem dentro do ouvido grudado no tímpano invisível a olho nu. Nossa quando ele tirou a audição abriu, que delícia, ouvia tudo sem aquela sensação de tamponamento, ai ele perguntou melhorou a audição? Que disse nossa está uma maravilha! Ele disse você vai ver quando tirar o restante daqui duas semanas! Eu falei oi? Como assim? Tem maia curativo? Como cabe tanta coisa ai dentro? Rs. Então ele fez a limpeza e voltei pra casa feliz da vida. Continuei com as recomendações: nada de esforço, nada de pegar peso, nada de agachar, nada de água no ouvido. Para lavar a cabeça ele pediu pra colocar algodão umedecido com óleo Jonhson, pois assim a água não entraria no ouvido pois óleo e água são inimigos rs. Mas mesmo assim tomei muuuito cuidado e lavava a cabeça com chuveirinho e nem chegava com a água perto do ouvido. E muito importante não fazer nenhum tipo de movimento que faça força no Abdomen, por isso importante não agachar nem pegar peso. Peguei 15 dias de licença e 10 de férias. Quem puder pegar o máximo de deias para repouso ótimo pois é uma operação muito delicada. Duas semanas depois dessa consulta voltei a trabalhar, morrendo de medo de alguém me dar uma pancada na cabeça, mas deus tudo certo. Nessa mesma semana voltei no Dr. Testa para a segunda consulta e tirar o resto do curativo. E lá vamos nós pra cadeira de novo rs, dessa vez ele avisou pode ser que doa porque e o último e fica bem grudado no tímpano. Nossa quando ele puxou (ele usa uma pinça de madeira) achei que meu tímpano tinha saído junto kkkkk, não foi das melhores sensações. Mas meu Deus abriu de vez o ouvido, até tirei o aparelho do outro ouvido que se tornou totalmente desnecessário.
Gente que alegria, que delícia ouvir tudo sem a famosa pergunta "o que você disse?". Que liberdade! Depois ja fui direto para audiometria para ter os resultados comprovados e mais uma vez, sucesso total, os xizinhos que antes ficavam bem pra baixo do gráfico estavam la pra cima na linha dos xizinhos considerados normais. Apenas uma parte do gráfico não melhorou pois já foi afetado o nervo e mesmo com a cirurgia não teria melhora mais graças a Deus.não é a escala de som maaaais importante, claro que para nós qualquer som é importante, mas ele disse que o principal que é da fala foi suuuucessoooo!

Sai de la pedindo pra minha mãe falar baixo kkkkkk que ironia a coitada gritou 5 anos agora terá que aprender a dimimuir o volume rs. Continuei com as mesmas recomendações de não molhar nem fazer esforço pois agora restou somente o curativo interno de dentro da pele que será absorvido pelo organismo. Ele disse que na próxima audio pode ser que melhore mais pois ainda tem muito líquido no ouvido devido a cirurgia e que isso vai secando com o tempo. Ah e nada de academia! Nada de avião e nada de descer serra durante dois meses no mínimo. Ainda sinto ele tampar e destampar mas ele disse que e normal. Dia 19 de janeiro e minha terceira consulta, como já se passaram dois meses espero que ele libere para lavar a cabeça direito e fazer uma esteira pelo menos rsrsr. Mas e isso, dia 19 vou a consulta e depois conto se estou de liberada para fazer atividades e descer a serra rs. Beijos Boa Noite

Depoimento do Alexandre atualizado (3 meses pós cirúrgico de otosclerose)



CIRURGIA OTOSCLEROSE – 3 MESES DEPOIS

Agora, segue “atualização” da situação pós cirúrgica, passado pouco mais de 3 meses.

Após um mês da cirurgia, fui ao médico revisar. Ainda tinha algumas tonturas (mas nada demais) ao caminhar mais rápido. Também pouco afetado o paladar/língua do lado operado. Aqueles sintomas esperados. O médico olhou o ouvido, fez alguns testes e a primeira impressão dele (como já era a minha) é que tinha tido uma recuperação super boa, tipo uns 90%. Disse que a partir dali era “vida normal”. Pediu uma audiometria e impedancio pra dali a 2 meses (que seriam 3 meses da cirurgia).

Logo depois dessa consulta, já foram parando as tonturas e o paladar ficando 100% normal.

Vida social muito melhor. Trabalho, amigos, família, podendo ouvir de novo e participar das “rodas de conversa”, sem medo e ansiedade.

Lá pelo fim de novembro, início do mês de dezembro (pouco mais de 2 meses depois da cirurgia) começou um problema, primeiro bem espaçado e depois ficando mais constante. Parece que o som chega com um pouco “distorcido”, rádio “mal sintonizado”, “chiado”, “estridente”, alto falante com mau contato. Enfim, não é muito simples de descrever, mas é um troço chato. Quando é alguém falando, principalmente em microfone, bah, aí fica pior. Não chega a ser uma perda da audição, mas é uma alteração que atrapalha. Dor, nenhuma.

Como esse negócio foi ficando cada vez mais constante, consultei novamente o médico, no dia 9/12. Ele, sempre muito seguro, disponível e atencioso, disse que até já estava mesmo na hora de revisar, pois tinha se passado quase 3 meses da cirurgia.

Expliquei a situação. Ele examinou, fez testes. Disse que a prótese estava lá e funcionando. Perguntou se eu tinha tido algum evento que pudesse ter deslocado a prótese, eu disse que não. Segundo ele, e se eu entendi bem, pelos meus sintomas, uma hipótese é que a prótese pode ter soltado um pouco do gancho/argola (ou algo assim) que prende/fixa ela. Que talvez tenha ali tipo uma “folga”, mas que isso pode ser preenchido pelo próprio corpo, de forma natural. Pediu pra eu tomar por um mês um fitoterápico, pra melhorar a circulação ali. Pediu também pra eu ter paciência, que deve melhorar. Que, se for caso de revisão cirúrgica, só daqui a uns 2 ou 3 meses, mas que não deve ser necessário. E também não fez nenhuma restrição por conta disso: “vida normal”. Reiterou o pedido da audiometria.

Fiz então a áudio e impedancio (16/12 – 3 meses pós cirurgia). A própria fono, ali na hora, comparando com o exame anterior à cirurgia, disse que tinha ficado “quase normal”, restou uma perda muito leve. Que tinha uma alteração na membrana, mas que podia ser em virtude da cirurgia.

O médico, analisando esses exames, disse que não tinha nada pra se preocupar. E, comparando com os anteriores, confirmou que recuperou uns 80% e deve melhorar ainda mais nos próximos meses.


Em resumo: estou ouvindo bem melhor, vida social sem medo, embora tenha essa questão de “sintonia”, mas que deve melhorar (tomara...). De qualquer forma, até pelos relatos que eu tinha lido, eu sabia que podia ter alguma alteração pós cirurgia em função da prótese, já que não era algo “natural”. É que, como estava praticamente “perfeito”, melhor, claro, que assim ficasse. Mas, enfim, acho que eu não deixaria de fazer a cirurgia, mesmo se tivesse certeza que teriam essas alterações (lógico, considerando que não vá piorar, rsrsrs), afinal, ouvir bem é muito mais importante do que ter de conviver com essas “alterações”, que, conforme dito antes, devem ser passageiras.